segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tenho sonhos do demo, mas o dia não tem de ir pelo mesmo caminho.


Anda aí um vírus que está a dizimar ( principalmente ) relações de longos anos, chegam-me aos ouvidos várias novelas por semana, seja por aqui ou por amigos. Sou uma dessas paspalhas que esteve anos ( e anos! ) com um maior paspalho, a pensar que estávamos a jogar em equipa e a construir qualquer coisa porreira, pá. Moral da história: levei semelhante biqueiro nos queixos que nem sei bem descrever.
Se há coisa que não se gosta de ouvir é que é preciso dar tempo ao tempo e que isso cura tudo. Nas primeiras semanas, ai deus nosso senhor, não há luz ao fundo do túnel e vamos morrer. E até não é mentira, parte de nós chega mesmo a morrer e ainda bem. Agora, que já passaram uns míseros meses, a abordagem é totalmente diferente. E tenho lido muito que afinal o tempo não cura tudo e que fica sempre um vazio e bla bla bla, isto vindo de algumas pessoas que nem estão a passar por nada e que até já se alaparam à próxima vítima. E fico doente. Mas alguém está aqui à espera de ser curado? É que eu não. Estou à espera de aceitar e digerir esta bosta toda e seguir com a minha vida. E sim, o tempo cura a falta de esperança em que isso não vá acontecer. Não estou a falar de perdas irreparáveis como a morte de alguém de quem gostamos imenso, mesmo que às vezes, perder um amor possa parecer algo do género. Fica um vazio? Ainda bem, é suposto. Nem que seja porque não somos todos iguais, então a lógica não será arranjarmos outro alguém chapa quatro para o lugar do anterior. Há pessoas que nos marcam e que gostávamos que tivessem ficado na nossas vidas, mas não quiseram. Azar.
Tenho momentos de merda, que sei que vou magoar alguém por todas as sequelas com que fiquei desta experiência. Depois uso a pouca inteligência restante, ajudo-me a mim própria e não me convenço que não vou dar a volta e que estou para sempre perdida, só porque alguém não teve consideração e mudou de ideias à cabrão. E não, não é fácil. E sim, eu também achava que ele era aquela pessoa mas contra factos, não há argumentos. Não era e afinal, nem sequer é muito pessoa. Recuso-me a entrar nesta moda dos doentes de amor, que acham que nunca vão ter nada melhor e que vão, para sempre, padecer de um desgosto amoroso do tamanho do Brasil. É abrir a pestana. Eu sou muito melhor que isso, mesmo sozinha.

5 comentários:

  1. hahaha... gostei da maneira como falas abertamente de assuntos tao delicados como levar um chuto no cu.. e ficarmos sem chao! lolol

    e sim.. mete nojo aquelas pessoas que so para superarem uma perda, arranjam logo outra pessoa! é como eu digo.. ninguem sabe o que é gostar, dar valor... hoje em dia,as relaçoes sao como mudar de cuecas! lol na boaaa! lol DEGREDO!!

    continua assim... :D eu e tu ja fazemos parte das pessoas que querem e lidam com relações normais!!

    kiss kiss, bang bang :P

    ResponderEliminar
  2. antes só que mal acompanhada.

    só fica perdido para sempre quem quer, agora é andar para a frente!

    é assim mesmo, J.! :) *

    ResponderEliminar
  3. como eu te percebo! :)
    mas sim, tens toda a razão, a vida continua e vai na volta foi por um bem maior!
    ***

    ResponderEliminar
  4. BRUTAAAAAL!!! É isto mesmo. Vou roubar-te a imagem!!!!

    ResponderEliminar
  5. Adorei! Abriste-me mesmo a pestana. Tenho andado afundada nesses sentimentos de que nunca mais encontrarei um homem como o que já tive. Ontem descobri que, aparentemente, namora (após um ano em relações superficiais com várias raparigas) e fiquei de rastos.
    Mas tu tens toda a razão. Somos muito melhores que isso, se um cabrão não nos quis, ainda bem, merecemos melhor e vamos encontrar, e não há que padecer de um desgosto amoroso do tamanho do Brasil :)

    P.S.: esta moral toda que me deste só vai durar mais uns 5 minutos, daqui a pouco estou a comer doces e outras porcarias a pensar nele outra vez, boa noite e beijinhos! :)*

    ResponderEliminar